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Sustentabilidade financeira X crédito: como alcançar o equilíbrio ideal para o seu crescimento?

Por Adilson Seixas, CEO e Fundador da LOARA Crédito

 

A relação entre o crédito e a sustentabilidade financeira nas organizações pode ser mais bem compreendida quando entendemos a importância do fator crédito para o fortalecimento de uma economia.

Sobre esse ponto, um interessante estudo acadêmico da Universidade do Vale do Paraíba demonstrou a relação do crescimento do PIB de diferentes nações com o volume de crédito disponível nesses mercados.

Analisando dados de 1998 a 2001, a pesquisa apontou que enquanto a média do volume de crédito no Brasil em relação ao PIB foi de 35,23% no período; em grandes economias como a dos Estados Unidos, Zona do Euro e Reino Unido, essa relação foi de, respectivamente: 72,91%, 105,73% e 131,28%.

Ou seja: é possível inferir que, não só o crédito é uma alternativa para que as companhias alcancem maior sustentabilidade financeira e operacional, mas também um potencial caminho de crescimento.

Suponha, por exemplo, que a partir da tomada de crédito, uma empresa possa investir com mais agilidade em processos de expansão de capital humano, tecnologia ou no desenvolvimento de novos produtos. Tais etapas, por sua vez, podem contribuir para a geração de novas fontes de receita, produtividade e redução de custos a partir de rotinas mais ágeis baseadas em digitalização.

 

Crédito como ferramenta estratégica

Mas, para que o crédito assuma esse protagonismo nas estratégias financeiras de uma organização, é preciso que haja planejamento estratégico e uma visão muito clara dos gestores, lideranças e empreendedores sobre qual a finalidade da tomada de um empréstimo empresarial. Esse planejamento, aliás, é determinante nos processos de negociação junto aos bancos e na validação das garantias que irão determinar uma maior ou menor liberação de aporte de capital por parte da instituição financeira.

Sempre friso, nesse sentido, a necessidade do entendimento do crédito como um produto que pode, inclusive, ser renovado ou pré-aprovado a partir do relacionamento que as empresas constroem no mercado, de seu histórico de pagamentos e de fatores correlatos que compõe o seu score de crédito.

 

Foco na sustentabilidade financeira

E sim, o crédito é um produto capaz de propiciar também sustentabilidade financeira, uma vez que oxigena e melhora o fluxo de caixa das empresas, permitindo, dentre outros pontos, que elas adiantem compromissos recorrentes ou projetos com foco na melhoria da relação com stakeholders.

Novamente, toda essa visão deve ser pautada por uma cultura de governança e compliance financeiro: cada etapa do planejamento estratégico da organização deve estar suficientemente clara para as lideranças, de modo que a tomada de crédito se coloque como um motor para o crescimento.

Do contrário, sem organização financeira e visão de longo prazo, além de se reduzirem as chances para a conquista de um empréstimo de qualidade (em termos de taxas de juros, garantias e prazos), o crédito pode se tornar mais um fator de complexidade para o controle das contas de um negócio.

 

A superação de cenários de instabilidade econômica

Assim, se bem utilizado, o crédito pode, inclusive, contribuir para a superação ou contenção de cenários de instabilidade macroeconômica. O Brasil, por exemplo, vive atualmente um período de impasses nessa esfera – a última projeção do Boletim Focus é de que o país feche o ano com o PIB em 0,98% – e o próprio mercado de crédito tem uma expectativa de crescimento mais enxuto no comparativo com o ano passado e deve fechar o ano na casa de 8,3% segundo a Febraban.

Mas isso não significa que não haja possibilidades de crescimento para as empresas e oportunidades na tomada de crédito.

Nesse contexto, o suporte especializado é uma ferramenta essencial que pode ser decisiva para garantir que as empresas conquistem o capital que precisam para fortalecer seus caixas e desenhar estratégias bem planejadas visando um presente e futuro de sucesso!