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Quando sua empresa irá começar a enxergar o crédito como um produto?

odo empreendedor com experiência no mercado sabe que um dos principais desafios na gestão de um negócio, independentemente de seu porte, envolve a desenvolvimento de uma rede eficiente de fornecedores para o suprimento de uma série de necessidades da empresa – do estoque de produtos ao fornecimento de matéria-prima; do maquinário aos softwares/equipamentos de tecnologia.

Dentro deste contexto, é curioso perceber que boa parte dos gestores e líderes empresariais do mercado brasileiro ainda não encaram o crédito como aquilo que, de fato, ele é: um produto!

Do mesmo modo que um produto, o crédito conta com linhas que podem ser boas ou ruins para uma empresa; é disponibilizado por fornecedores (no caso os bancos, FIDCs, instituições financeiras e, mais recentemente, as fintechs) que podem ou não ser bons parceiros de negócio para uma determinada companhia; e, consequentemente, que são capazes de contribuir com o equilíbrio financeiro de uma organização ou deixar suas contas no vermelho.

Seguindo este mesmo raciocínio, muitos empresários investem, por exemplo, no desenho de um projeto de expansão do negócio, mas não se programam para conquistar condições favoráveis e assim, dispor do crédito que precisam para impulsionar seu crescimento; ou, quando conseguem dar sequência neste plano de expansão, não raramente, se esquecem do capital de giro que precisarão para manter as finanças em dia nos primeiros meses de reestruturação.

Todo este cenário, por sua vez, gera o pior dos mundos para as empresas em termos do crédito. E aí que surge o imediatismo que, consequentemente, desfavorece o posicionamento das organizações na negociação com os bancos e abre espaço para os prazos curtos, taxas altas e, em suma, faz com que as companhias aceitem uma qualidade de crédito que pode ser negativa para as suas realidades financeiras.

Neste sentido, é premente que as empresas desenvolvam um olhar para o crédito como um produto e, do mesmo modo, fomentem a construção de uma rede de fornecedores de crédito para que eles não dependam apenas de uma ou duas instituições financeiras na hora de acessar linhas de crédito.

Para tanto, o primeiro passo envolve planejamento. Só com organização é possível acessar crédito de qualidade a ser utilizado de modo consciente e de acordo com a capacidade financeira de uma empresa.

É preciso sempre lembrar que os contextos de imediatismo, no geral, levam as organizações a aceitarem condições desfavoráveis e crédito de má qualidade posto que, seguindo a lei mercadológica, se eu preciso urgentemente de um produto – e o crédito, como vimos, deve ser encarado como tal – e aquela é a única opção disponível a qual tenho acesso, a tendência é a de que eu o adquira, mesmo que ele não seja a melhor das escolhas quando observamos o panorama mais amplo do mercado.

Sendo assim, o próximo passo neste movimento de busca por um crédito de qualidade para o meu negócio diz respeito a um mapeamento do maior volume possível de instituições financeiras e de seus respectivos portfólios para que minha empresa, realmente acesse a melhor opção possível dentre as linhas de crédito disponíveis no mercado, levando em conta prazo, taxas e condições.

Por consequência, é importante ter um entendimento claro dos critérios que fazem de uma determinada linha de crédito um produto bom ou ruim e que casa ou não com o perfil de meu negócio.

E esta, sem dúvida, não é uma questão simples, uma vez que, na maioria das vezes, o empreendedor não tem know-how e tempo suficiente para fazer uma análise comparativa detalhada daquela que seria a melhor linha de crédito para o seu negócio.

Aqui entra, por fim, o papel do especialista em crédito empresarial. Do mesmo modo que o empreendedor, no seu dia a dia de liderança, busca o apoio externo de contadores, tributaristas e advogados; é fundamental que ele acesse especialistas em crédito empresarial, uma vez que estamos falando de profissionais responsáveis, justamente, por fazer um mapeamento acurado das melhores opções de crédito disponíveis para uma empresa.

Deste modo, os empreendedores terão todo o suporte necessário no desenvolvimento de uma malha de fornecedores do “produto-dinheiro” de modo planejado e trabalhando na prevenção, com linhas pré-aprovadas para que ele possa ter acesso a crédito com qualidade sempre que precisar.

Seguindo este desenho estratégico, será possível, implementar uma nova mentalidade no ambiente de negócios brasileiro.

Uma mentalidade que encara, enfim, o crédito como um produto que, por sua vez, poderá crescer com abundância dentro das condições de planejamento necessárias, permitindo assim, que empreendedores de todo o país possam conquistar seus objetivos, sem abrir mão da saúde financeira que move os negócios para um crescimento sustentável e de longo prazo!