O período de fim do ano é também a época em que, costumeiramente, as organizações desenham seus planejamentos estratégicos para 2023, levando em conta os objetivos que almejam alcançar, as perspectivas concretas para que atinjam essas metas e qual foi o saldo de desafios, aprendizados e crescimento financeiro no ciclo econômico que está se encerrando.

Dentro desse contexto é também muito comum que as empresas definam um escopo de ações gerais que, em cenários positivos, irão elevar o patamar do negócio e seu market share dentro de um ambiente de negócios que, como sabemos, é cada vez mais competitivo e que, só em 2021, viu nascer mais de 4 milhões de novas empresas, segundo números divulgados em fevereiro pelo Ministério da Economia.

Apenas para efeito ilustrativo, esse escopo pode incluir desde iniciativas de marketing e inovação – como o aumento dos investimentos em marketing digital e na automação de processos capazes de reduzir os custos do negócio, por exemplo – até um olhar mais detalhado sobre questões de conformidade e ESG que, no longo prazo, além de aumentarem a transparência de uma companhia, tem o potencial de atrair investimentos dada a segurança da governança corporativa da corporação.

Mas, se todas essas etapas são, sem dúvidas, essenciais, o curioso é perceber que nem sempre os empreendimentos do país dão a devida atenção para o desenho de uma jornada de crédito assertiva e, ato contínuo, para aumentar as chances do negócio em conquistar uma linha creditícia vantajosa para o negócio em termos de prazos e taxas. Tal perspectiva, no entanto, é falha por diferentes razões, dentre as quais podemos destacar:

• A falta de planejamento reduz as chances de que uma empresa acesse uma oportunidade de crédito empresarial que realmente tenha fit com o perfil do seu negócio;
• Quando não é visto como uma ferramenta a ser aplicada com uma visão estratégica, o crescimento de uma companhia pode se retardar e o crédito, por sua vez, perde o seu poder de gerar sustentabilidade financeira para uma organização;
• Ao não ser visto como um produto que demanda atenção de sua área financeira, perde-se também a oportunidade de criar redes de crédito pré-aprovadas e que, via de regra, são determinantes para o crescimento de diferentes perfis empresariais.

O mercado de crédito e o crescimento econômico   

A importância do crédito para as empresas, aliás, pode ser observada quando analisamos dados macroeconômicos.

Um estudo da Universidade do Vale do Paraíba – que fez um recorte considerando a virada dos anos 2000 para efeitos de análise comparativa –  apontou que, dentre os países de primeiro mundo, a correlação entre PIB e o crédito foi de, respectivamente: 72,91%, 105,73% e 131,28% no período (no Brasil, esse montante representou cerca de 35,23%), o que nos permite inferir que, na grande maioria dos casos, quanto maior o volume de crédito no mercado, melhor para o Produto Interno Bruto de uma nação.

Ademais, podemos tomar também como exemplo o caso da economia brasileira que, começando o ano de 2022 de modo preocupante, se recuperou graças, dentre outros pontos, ao fomento do setor creditício por meio de novas linhas disponibilizadas pelo sistema bancário e atualizações no PRONAMPE para abarcar um maior número de negócios.

De que modo o crédito pode ser aplicado em prol do seu crescimento?

Dito isso, mas de que modo o crédito pode ser direcionado no processo de crescimento de uma empresa? A partir de diferentes caminhos, dos quais, podemos citar:

• Investimentos em transformação digital;
• Fortalecimento do caixa das empresas diante de um 2023 que ainda se mostra complexo e com desafios pela frente;
• Contratação de talentos e expansão de equipes;
• Quitação de demandas financeiras para iniciar 2023 com o pé direito.

Seja qual for a perspectiva adotada no seu negócio, o fundamental é termos em mente que, assim como as culturas digitais e de governança já chegaram ao ambiente interno das grandes empresas, é preciso que se mature uma cultura de crédito.

Buscar especialistas em crédito empresarial que possam acelerar essa corrida creditícia é, por fim, um caminho decisivo que, no longo prazo, trará benefícios para toda a economia!